Vi o sol avermelhado ser enterrado
Juntamente com sementes douradas
De milho e gotas de suor em covas
Abertas por enxada.
Vi um pescador tirar com sua rede
A lua despedaçada da lagoa
E ela mal tinha se enchido de prata
Para vaguear à toa.
Ouvi ao longe o choro da criança que
Pediu para mamar no peito quente
Antes de adormecer o sorriso puro
De bebé no colo da mamãe contente.
Ouvi num lugar qualquer do lugarejo
Os sinos da igreja repicarem e calarem
O vozeio estridente dos guris.
Percebi a noite sendo fatiada pelos vôos
Negros dos morcegos buscando sapotis.
O sereno já se deposita em cristais
Nos arames farpados das cercas
E nas teias de aranha que irão reter
Os primeiros sóis do dia seguinte.
Eu me esqueci no momento bucólico
E quase adormeci abraçado à viola,
Que dedilhou canções, por esmola,
Para a minha alma dolente e pedinte.
António Miranda Fernandes in Momento Bucólico
Dia Mundial da Poesia...
Dia da Árvore...
E o começo de uma nova estação... A Primavera
Juntamente com sementes douradas
De milho e gotas de suor em covas
Abertas por enxada.
Vi um pescador tirar com sua rede
A lua despedaçada da lagoa
E ela mal tinha se enchido de prata
Para vaguear à toa.
Ouvi ao longe o choro da criança que
Pediu para mamar no peito quente
Antes de adormecer o sorriso puro
De bebé no colo da mamãe contente.
Ouvi num lugar qualquer do lugarejo
Os sinos da igreja repicarem e calarem
O vozeio estridente dos guris.
Percebi a noite sendo fatiada pelos vôos
Negros dos morcegos buscando sapotis.
O sereno já se deposita em cristais
Nos arames farpados das cercas
E nas teias de aranha que irão reter
Os primeiros sóis do dia seguinte.
Eu me esqueci no momento bucólico
E quase adormeci abraçado à viola,
Que dedilhou canções, por esmola,
Para a minha alma dolente e pedinte.
António Miranda Fernandes in Momento Bucólico
Dia Mundial da Poesia...
Dia da Árvore...
E o começo de uma nova estação... A Primavera
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