sexta-feira, fevereiro 29, 2008
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
o gesto grácil que terias?
--- Importa amar, sem ver a quem...
Ser mau ou bom, conforme os dias.
Agora, tu só entrevista,
quantas imagens me trouxeste!
Mas é preciso que eu resista
e não acorde um sonho agreste.
Que passes tu! Por mim, bem sei
que hei-de aceitar o que vier,
pois tarde ou cedo deverei
de sonho e pasmo apodrecer.
Que importa o gesto não ser bem
o gesto grácil que terias?
--- Importa amar, sem ver a quem...
Ser infeliz, todos os dias!
David Mourão-Ferreira
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre."
Ontem, o meu milagre foi este pequenino...mais um para juntar aqueles que todos os dias são abandonados. Para sorte dele...encontrou em mim um porto de abrigo. Um lar amoroso que o recebeu repleto de ternura e mimos. Bem vindo a Bordo...
É verdade, o menino ainda não tem nome...aceito sugestões (o meu pai já o trata por Alfa! :) )
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusiva,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea.
Carlos Drummond de Andrade
domingo, fevereiro 24, 2008
Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
P.S., Acredito que a nossa Amizade permanecerá para Sempre :)...Obrigada pela
Tarde calma e serena... :)...( mais um bom momento para juntar aqueles que já vivemos juntas :) )...Até Sempre, Catita
sábado, fevereiro 23, 2008
Sei que esta vida só tem um sentido... o oposto aquele que agora observo. O caminho que ainda não tem pegadas marcadas, o caminho estéril e virgem que ainda me falta percorrer nesta jornada de aventuras e desventuras que vou atravessando. A vida é mesmo assim, feita de encontros e de desencontros, de momentos em que estamos no cimo do mais alto monte que podemos alcançar e de momentos em que estamos num vale escuro e profundo. Contudo, também sei que só eu posso chegar ao cimo do monte que espero alcançar, com uma grande força de vontade e com a cabeça erguida.
É bom relembrar e saborear tudo o que faz parte do nosso passado, mas é ainda mais saboroso descobrir o presente e enfrentar o futuro... com um sorriso nos lábios, uma alma cheia de vontade e uma força desmedida de viver e vencer. Sei que não posso subestimar o futuro e o que ele me poderá reservar, mas também sei que posso e vou vencer, porque por mais que tombe, por mais reversos e derrotas que sofra, hei-de conseguir, como até agora, levantar-me e entregar-me à luta.
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Era uma vez o Menino da Lua,
que era um menino que vivia na Lua,
na cratera mais funda,
e que não conhecia mais nada
a não ser a Lua...
Era uma vez a Menina do Mar,
que era uma menina que vivia no mar,
enrolada nas ondas,
e que não conhecia mais nada
a não ser o mar...
o Menino da lua,
no seu mundo da Lua
sempre a sonhar,
via uma menina no mar,
a brincar...
E a Menina do Mar,
que vivia no mar
enrolada nas ondas,
desenhava na areia,
um menino da lua,
perdido a sonhar...
Porquê?!... não se sabe!!!
E o Menino da Lua,
farto de sonhar
com uma Menina do Mar
que não podia agarrar,
escalou o buraco
e pôs-se a espreitar...
Mas na Lua não há mar...
E o que o menino viu foi um homem de lança
com um dragão a lutar...
Escondeu-se. Fugiu.
Mas o que ele mais queria era a menina encontrar.
E a Menina do Mar,
que queria nas ondas com o menino brincar,
olhou para a Lua
na esperança de o ver passar...
"Como está longe a Lua", pensou, "desta forma nunca
o hei-de encontrar."
E sentou-se na areia e começou a chorar.
E o Menino da Lua de novo saiu da cratera e voltou
a espreitar para baixo para a Terra.
"São tantos os mares, como a vou encontrar?"
E tanto se pendurou lá da Lua
que escorregou...
... E aos trambolhões na Terra aterrou!!!
Olhou para tudo
que estava ao seu lado,
não conhecia nada
e ficou assustado...
E o Menino da Lua,
agora sem lar,
sentou-se na areia e começou a chorar...
Era a praia da Menina do Mar,
que a poucos passos dali
também estava a chorar...
Ao ouvir o menino
a menina olhou:
"És o Menino da Lua?"
"Acho que sou."
"E por acaso és tu
a Menina do Mar,
com quem lá na Lua
eu costumava sonhar?"
Ela pediu-lhe que ficasse com ela,
porque vista da Terra
a Lua é mais bela.
E daí em diante, que o saiba eu,
dois meninos diferentes
ficam a mirar,
quando está luar,
a Lua a brilhar,
lá em cima no céu...
P.S., Este post é dedicado ao Rapaz Especial que mora na Lua :)
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Ela vem como um anjo, como uma criança inocente,
da-nos a esperança que trará a alegria e a paz
que até agora não haviam-os encontrado.
Num certo momento, vimos que tudo está como não era antes.
Encontramos o que menos desejávamos:
A Solidão.
A Solidão é assim: em certos momentos nos traz
a paz em estarmos só, mas em outros, nos traz
arrepios e calafrios em estarmos inseguros,
sem ninguém para nos proteger.
O anjo veda-nos os olhos com uma faixa negra e nos
põe num quarto, onde as paredes estão repletas de espinhos...
e nos tornam incapazes, transformando-nos
em pessoas frias e inúteis.
A única maneira de nos livrarmos dela,
é apenas descruzarmos os braços e
arrancar com toda ferocidade o que nos cega.
É termos coragem para enfrentar o obscuro.
Só assim conseguiremos ver
que nas paredes, além de espinhos, haviam flores.
Lindas flores.
E que no outro lado daquela faixa negra,
o anjo havia escrito que a felicidade só dependeria de mim,
só dependeria do meu amor.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Ando às voltas a esquecer quem sou.
Bebo a noite até o Sol chegar.
Ele sempre me encontrou.
Só o Amor me faz correr.
Só o Amor me faz ficar.
Só o Amor me faz perder.
Só o Amor me faz querer mais.
Não sei viver sem ter de viver.
O que me dão já não sei gostar.
Não se perde o que não se quer ter.
Cada vez mais sem esperar.
E se for a primeira vez, que os teus dedos
tocam a luz da manhã.
Dá-me a tua mão. Respira o ar do dia.
Talvez nada mais.
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Senti não haver
Lugar ou espaço
Esperança para ter...
Também eu sei
Da raiva a nascer
Por tantos gritos
Ter que conter...
Mas sei também que fora de nós
Não há salvação
Resta-nos então
Dar asas ao que se inventa
Finge, esquece, engana o desencanto
Brinda, por ti, por hoje e por enquanto
Finge, esquece, engana o desencanto
Brinda, por ti...
Também eu já
Estive sozinha
Entre tanto fel
Erva daninha
Mas vi também que fora de nós
Não há salvação
Resta-nos então
Dar asas ao que se inventa
Manual de Sobrevivência by Rádio Macau
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
até à foz
Sinto-me mais perto de mim
envolta numa tertúlia
onde tu apareces, em forma
de poema
Apetece-me gritar.
Apetece-me amar-te.
Apetece-me Voar.
Apetece-me beber a chuva,
o sol e o ar.
Apetece-me dormir contigo e
acordar na areia possuída pelo mar.
Apetece-me mergulhar
nas águas frias matizadas e
Voar com as gaivotas para além
do Oceano.
Não!
Eu vou gritar.
Eu vou amar-te.
Eu vou voar.
Eu vou beber a chuva,
o sol e o ar.
Eu vou dormir contigo e
acordar na areia possuída pelo mar.
Eu vou mergulhar
nas águas frias matizadas e
voar com as gaivotas para além
do Oceano.
Agora sou eu,
envolta numa tertúlia,
onde tu apareces, em forma
de poema.
domingo, fevereiro 17, 2008
Tell me that it's true
Waiting for a sign
It's all I want of you
Your heart hides a secret
A promise of what is
Something more than this
Just a second of your time
Anyone will do
A taste of any other
Is all I want from you
Offer me the world
And how can I resist
Something more than this
Make believe in magic
Make believe in dreams
Make believe impossible
Nothing as it seems
See, touch, taste, smell, hear
But never know if it's real
(Never know if it's real)
For a second of your life
Tell me if it's true
Anywhere we are
It's all I want of you
your lips lies a secret
A promise of a kiss
Of something more than this
Just a second of your time
Anyone will do
To know any other
Is all I want from you
Giving me the world
Now I can't resist
Something more than this
Make believe in magic
Make believe in dreams
Meke believe impossible
Nothing aas it seems
Never really understand
What anything means
(What anything means)
Another second of my life
Not knowing if it's true
Make believe in nothing
Is all I want of you
Whisper me a secret
Whisper me there is
Always something other
Something more than this
More Than This By The Cure
Esta música é muito bonita, se não a conhecem, recomendo que a ouçam :)
sábado, fevereiro 16, 2008
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Quando nos recantos dos jardins as barreiras nos impediam de pisar a relva.
Rompiam as memórias e um ligeiro vento arrastava as folhas secas do velho plátano.
Era tão tarde… e ainda agora despontavam as histórias...
Olhei sem desvario.
Antes, quando me debruçava no teu peito, eras rio, eras só rebuçado!
E trazíamos nos pés alpercatas, com asas, que reluziam por cima dos muros e o chão era mais leve que o algodão…
Sabes?
A cidade fede devaneios e as árvores crescem nos telhados das casas.
Não te vou falar de amor, não!
Reservo para mim as sensações dos velhos tempos.
Agora restam umas quantas folhas que vêm ter comigo.
Somos dois silêncios!
Dois estranhos castanheiros perdidos na cidade.
Rogério Simões
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Há coisas que eu estou a sentir e que
preciso transcrever numa folha de papel...
Coisas (como eu lhes chamo!) mas que tenho
dificuldade em transpor nestas linhas...
Talvez por serem demasiado complexas ou
Talvez por serem extremamente simples...
Todos os dias a Vida nos presenteia com algo
de Belo...
Pequenos pormenores (por vezes insignificantes!)
mas que podem fazer toda a diferença...
e nos ajudam a observar o Mundo com os
olhos de um Sonhador...
Mas tal como nos presenteia, também nos magoa...
e para magoar não é preciso muito!
Bastam pequenas palavras mudas...
Caras carrancudas que não sabem o que é um sorriso....
Basta o Silêncio!
O que me conforta é esta menina chamada Nina,
que está agora sentadinha no meu colinho,
a lamber cada lágrima que derramo...
e a olhar para mim como quem diz...
"Não estás sozinha, ...eu lambo sempre as tuas feridas!"
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
Pequenas gentilezas, pequenas cortesias,
pequenos gestos de amizade,
podem transformar o dia.
Uma simples conversa, uma chávena de chá,
uma ida às compras, a recolha de uma receita,
o carinho de um Gato,
um ouvido paciente,
um boião de compota, um ramo de flores,
as primeiras vagens do ano.
Um sorriso. Uma Onda.
Um pedaço de amena conversa fútil.
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Precisamos de ser fortes!
Todos nós a procuramos nas regiões mais recônditas do nosso ser... todos nós tentamos ser um pouco mais fortes, vencer todas a situações difíceis por que passamos!
Há pessoas que desistem, a sua natureza assim o dita, há pessoas que não foram feitas para lutar, não foram talhadas para sofrer!
Mas o sofrimento faz parte da vida... e nunca jamais em tempo algum podemos desistir!! Temos que procurar incessantemente sempre mais força, por vezes... força que julgamos não possuir, mas só o facto de a procurarmos, de acreditarmos... faz com que tudo dê certo!!
Nunca desistam em nada da vida... porque tal como não há certezas, também não há causas perdidas!! Só é preciso um bocadinho mais de força...
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Há um vazio...um vazio quente e frio dentro de mim...
Tinha a Esperança de preenche-lo somente com palavras
que valessem realmente a pena pronunciar...
e com sorrisos que valessem ternurosamente partilhar...
Mais uma vez a Solidão foi a Palavra predominante!
( Continuo a pensar se realmente o defeito é meu! )
domingo, fevereiro 10, 2008
nem o seu reflexo lunar
levo as asas nos bolsos
e o coração a planar
neste voo nocturno
não sei onde vou aterrar
Sinto as nuvens nos meus pulsos
e o leme sempre a consentir
são sempre os mesmos ossos
que eu insisto em partir
neste voo nocturno
só quero mesmo resistir.
Neste voo nocturno sou mais leve do que o ar
neste voo nocturno não sei onde vou acordar
Em baixo há manchas no canal
mas eu não as quero ver
o aeroplano está frio
e os hélices a ferver
o nariz do avião
só obedece a quem quiser
Agora não existe nada
o meu motor "ao ralenti"
vou revendo em surdina
tudo o que eu vivi
neste voo nocturno
a madrugada vem aí
Mestre Jorge Palma :)
sábado, fevereiro 09, 2008
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Letra e Música de John Lennon
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
There's secrets in this life that I can't hide.
Somewhere in this darkness there's a life that I can't find.
Maybe it's too far away or maybe I'm just blind, maybe I'm justblind.
So hold me when I'm here right me when I'm wrong.
Hold me when I'm scared and love me when I'm gone.
Everything I am and everything in me
Wants to be the one you wanted me to be.
I'll never let you down even if I could.
I'd give up everything if only for your good.
So hold me when I'm here right me when I'm wrong.
You can hold me when I'm scared but you won't always be there,
So love me when I'm gone, love me when I'm gone
When your education x-ray cannot see under my skin.
I won't tell you a damn thing that I could not tell my friends.
Now roaming through this darkness I'm alive but I'm alone.
Part of me is fighting this but part of me is gone.
So hold me when I'm here right me when I'm wrong.
Hold me when I'm scared and love me when I'm gone.
Everything I am and everything in me.
Wants to be the one you wanted me to be,
Ill never let you down even if I could.
I'd give up everything if only for your good.
So hold me when I'm here right me when I'm wrong
You can hold me when I'm scared, you won't always be there,
So love me when I'm gone.
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Um aroma adocicado a baunilha...
Uma flor de Outono que cai, amarelecida;
Um cantar acolhedor de um passarinho...
Ruídos que se dispersam por todo o lado
e que se ouvem imperceptíveis...
Um Gato que mia e o carro que passa;
A criança Feliz que chega da escola;
Um portão que bate e uma porta que se abre...
Instantes...pequenos e audíveis que formam
a concha que conduz a vida...
Momentos...rápidos e incompreendidos...
que nos lançam num ritmo sonolento.
No meio o "Eu" embalado ao som desta música,
procurando um lugar exacto nas notas desta linha
que vai dando luz a algo que é indecifrável
e intransponível...
Continuo sentada neste Banco de Pedra...
que nasceu e irá morrer aqui...
Banco que serve de alento àqueles
que nele confessam suas mágoas, ou até mesmo alegrias...
Porque a Felicidade também já passou por aqui...
domingo, fevereiro 03, 2008
Quisera Andar de Carrossel
Com um sorriso de criança que ri
Rosto rebuçado, melaços de mel
Laivos da festa que resta em ti...
Num dedo prendo o balão,
Com outro seguro o corcel
Soco a bola com a mão
As mãos, o rosto e a testa
Besunto-me todo com mel.
Solta-se dos dedos o balão
Que voa a caminho do céu
- Mãe! Vai-me apanhar
Um sorriso igual ao seu
- Meu filho a mãe não sabe!
Ler, nunca aprendeu:
A mãe vai procurar
O balão que se perdeu...
- Mãe que sabe escutar,
Meus Choros em seu coração
Abençoada o seja a minha mãe
Por tudo o que foi e me deu!
Rodopiam as lembranças da festa
Pára o movimento ondulante
Sujo-me de novo a cada instante...
Sem rebuçados com sabor a mel
Mas...Brinquei tanto no Carrossel
Rogério Martins Simões