" O Futuro pertence àqueles que acreditam na Beleza de seus Sonhos." Elleanor Roosevelt
MAS O CÉU PODE ESPERAR...
Com a delicadeza de Tua mão
Nas Tuas mãos
Com a mão na minha consciência
Consciente dos meus actos
Parcos e isolados
Eu me denuncio
Eu me fortaleço
E cresço
Eu me alindo
E deslindo...
Quem me dera ser
Um pedaço de céu!
Mas o céu pode esperar...
Espera!
Devolve-me o meu sorriso
Toca-me ao menos ao de leve
No meu movimento, no rosto
E leva para longe
Esta incerteza...
Este meu desgosto!
Vem!
Sopra sobre mim!
Pesadas estão as minhas mãos
Que não desarmam
Baralham-se
Confundem-se
Desalinham-se
Desarticulam-se
Que se cuide a natureza
Que me deu este estar
Pois a irei combater
Para ser
E o céu pode esperar
Que Te importa que continue
Qual o mal que isso Te trás?
Traz-me vivo na esperança
Eis a Tua fortaleza
Que aliada à minha fraqueza
Me renova
E cresço
Eu me alindo
E deslindo
Quem me dera ser
Quem sempre quis ser
O céu pode ir indo
Indo para onde quiser
Que espere, pois não estou preparado!
Coloca Tuas mãos nos meus cabelos
E deixa-me de novo sorrir
Triste velhice gasta pelo passar dos anos,
Tempo de solidão, de espera, de vazio
Abandono de quem não pensa ser um dia abandonado
Vazio de quem não possui mais nada, a não ser as rugas do corpo e da alma.
Olhos que já não vêem, ouvidos que não ouvem,
Contactos que se perderam com o mundo
E nós, julgando ver e ouvir, vamos sorrindo, complacentes,
Olhando os corpos, quais trapos amarrotados,
Que outrora foram fogo e chuva
E sementes e árvores de fruto.
Engano ingénuo e feliz o nosso!
Um dia seremos nós os trapos,
Rasgados e sujos,
Atirados para um canto,
Sem lugar em nenhuma casa, em nenhuma gaveta,
Sem recordações, sem chama,
Apenas uma amálgama de imagens perdidas
Sem cor e sem cheiro no nevoeiro do nosso pensamento.
Sós.
Anónimo
Todo dia o ser que minh'alma revela
Pede carinho, atenção, desejo
Que não demore e nem venha em lampejo
Seja fiel, doce e terna amostra
Em seu olhar conectores de um novo mundo
Paisagens bucólicas, ovelha carente
Vulcões ao fundo, lava ardente
Viagem insólita, destino incerto
Te desejar é padecer oculto
Sentimento renovado, pecado antigo
Lava a alma e engrandece o espírito
No toque dos lábios a confissão esperada
Vidas passadas, sonhos futuros
Presente da vida, guardo você!
Poema de RDB
Momento Mágico
Passou e não me viu
Sorriu apenas
E eu sem saber também sorri.
Só não sabia que era o Amor
Que passava e me acenava.
E eu perdi mais uma oportunidade
De ser Feliz...
Felicidade, onde estás?
Em que mundo?
Em que planeta?
Em qual sonho etéreo te encontras
Pois não te vejo
Só te sinto...
Sinto o teu perfume
Tão longe...
Só por hoje
Mantive o silêncio
Um silêncio tão profundo
Que pude sentir o vazio
Um vazio perturbador
Devastador...
Hoje falei com o olhar
Alguns gestos
Um sorriso tímido
Semblante atento
Talvez distante
Só por hoje!
Mantive o silêncio
Não por momentos
Mas todo tempo.
Pude me ouvir
Sentir minha alma...
Entristeci! Confesso!
Porém amadureci...ou não!
Talvez esse silêncio perdure
E endureça meu coração
Cansado de esperar
De sonhar...
Simplesmente sonhar
Sonhar sozinho!
Sem realizar!
Permaneço em silêncio!
If a fiddler played you a song, my love
And if I gave you a wheel
Would you spin for my heart and loneliness
Would you spin for my love
If I gave up all of my pride for you
And only loved you for now
Would you hide my fears and never say
"Tomorrow I must go"
Everywhere there's rain my love
Everywhere there's fear
If you tell me a lie I'll cry for you
Tell me of sin and I'll laugh
If you tell me of all the pain you've had
I'll never smile again
I can plainly see that our parts have changed
Our sands are shifting around
Need I beg to you for one more day
To find our lonely love
Phantasmagoria in Two By Tim Buckley
Foi numa noite chuvosa,
Como esta que passou...
Uma noite de Chuva Mágica...
Os meus passos cruzaram-se
Com os Teus...
Bastou um simples gesto
Feito do tudo e do nada...
De repente,
Eu já estava sentada
num pequeno mas agradável sofá
de frente para ti,
e Contigo de frente para mim...
Olhos nos Olhos...
Desta vez sem a menor possibilidade
De desviar o Olhar...
Lembras-te?
Começamos a conversar
A um ritmo avassalador
Sobre os mais variados assuntos...
O teu Meigo Olhar, inspirou-me
Tal confiança...
E eu abri para Ti o meu coração...
Senti-me confortável e embalada
Pelas Tuas doces palavras...
Senti-me protegida como se estivesse
Adormecida num pequeno casulo...
( Só de pensar que tudo isto de deveu
a um Dvd que teimou a não gravar...,
ou terá sido algo superior a nós...)
A despedida...
O Teu Intenso Olhar
Valeu como um beijo...
E o teu tocar na minha mão
Foi um tocar no meu coração...
( Depois dessa noite, voltei, lentamente
a fechar o meu coração...Desculpa... )
Somente o Amor, essa semente
plantada inocente na infância,
Brotará, apesar da circunstância
de dor tão funda e tão recente.
A luz, quase que flama
seus olhos, sua alma, sua poesia,
será Farol às sendas da alegria
e alento àquele que lhe ama.
Na vida é perdendo que se cria
a têmpera para o dia inevitável
em que será nossa a despedida.
Então, viveremos na lembrança
de quem legamos a esperança
de novas alvoradas às crianças.
Carlos Frederico