terça-feira, outubro 16, 2007
sexta-feira, agosto 31, 2007
compassiva e extenuada, dessas que a vida não
consegue explicar. O hábito de ser triste culpabiliza
nela a própria ideia de felicidade. Tal como nós, não
sabe ser feliz sem lágrimas, nem rir sem o remorso
da alegria, e isso vê-se-lhe nos olhos."
João de Melo in "Gente Feliz com Lágrimas"
domingo, agosto 05, 2007
Hoje eu quero ser só pescador.
Quero pescar do mar imenso
que é o teu corpo
Quando se revolve em ondas
de desejo e de paixão
Quero lançar nele a rede
ansiosa por colher
De cada poro teu,
todo e cada instante de prazer
Quero descobrir no som do búzio
qual é a verdadeira cor do teu amor
Hoje eu quero ser só pescador
Quero afogar-me em maresias
E em ecos de gaivotas a voar
Quero navegar sem tempo
e sem destino certo
Soltar amarras,
deixar-me levar ao acaso pelo vento
Vogar para onde ele me quiser levar.
De peito aberto
Perder-me por aí,
Para no fim me poder entregar
Ao colo que me acolhe,
sedoso e perfumado
E adormecer feliz na praia
ao amanhecer
Com um fundo de céu em chamas e de mar
domingo, julho 29, 2007
quarta-feira, julho 25, 2007
Sorrir com a alma
É sorrir por inteiro
Não deixa o medo invadir o coração
Faz as turbulências ventos passageiros
Trás alegrias aos corações
Sorrir com a alma
É deixar o vazio sair de ti
Acreditar em dias melhores
Onde o sorriso faz banir as tristezas
Sorrir com a alma
Faz seu coração ter bons sentimentos
Faz da razão o melhor argumento
Para nunca sentir solidão.
By Nae
quarta-feira, julho 18, 2007
É mais forte do que o outro
É o lado da intuição
É o lado onde mora o coração
Meu lado esquerdo
Oriente do meu instinto
É o lado que me guia no escuro
É o lado com que eu choro
E com que eu sinto...
Meu... o meu ...
Foi o meu lado esquerdo
Que me levou até a ti
Quando eu já pensava
Que não existias
Para mim no mundo
Meu lado esquerdo
Não sabe o que é a razão
É ele que me faz sonhar
É ele que tanta vez diz não.
by Clã
segunda-feira, julho 16, 2007
domingo, julho 15, 2007
Volta de novo a tua atenção para mim,
Volta de novo a sorrir-me docemente,
Volta de novo a olhar-me com esperança...
Eu espero por ti...
Eu olho constantemente para os teus olhos
Eu espero...
Eu sou a luz
Que os teus olhos buscam
tão desesperadamente encontrar...
Vem ter comigo...
Tu sabes onde me encontrar...
sexta-feira, julho 13, 2007
Sou ar e água...
Hoje ergo o cálice da liberdade...
E saúdo os guardiões da sabedoria...
Olho o horizonte e sigo...
Levo comigo toda a esperança...
E as memórias do passado...
Meu grito é livre...
E ecoa no ar...
E de pés descalço...
Eu bailo sozinha...
Contemplando a minha...
Liberdade...
Adeus solidão!!!
quinta-feira, julho 12, 2007
Rita Contreiras
domingo, julho 08, 2007
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
- mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
- palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos nocturnos,
- que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
- e um dia me acabarei.
Timidez by Cecília Meireles
sexta-feira, julho 06, 2007
Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei-de fazer das minhas sensações.
Não sei o que hei-de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer coisa para eu acordar de novo.
Alberto Caeiro
maldita lava incandescente;
és ofuscante
e radiosa.
Porém,
róis-me,
no todo,
profundamente.
Fronte de loiro coroada,
és amora silvestre.
Rosto sereno,
angélico,
inteligente,
irritadiço.
Desprezas, feres,
odeias ou amas?
nesse teu vaguear constante
ondulante,
sem dó.
És,
certamente,
o meu fruto proibido,
o fruto vedado a um Homem só!
Lobito Almeida N`Gola
segunda-feira, julho 02, 2007
Nossa sabedoria é a dos rios.
Não temos outra.
Persistir. Ir com os rios,
onda a onda.
Os peixes cruzarão nossos rostos vazios.
Intactos passaremos sobre a correnteza
feita por nós e o nosso desespero,
Passaremos límpidos.
E nos moveremos,
rio dentro do rio,
corpo dentro do corpo,
como antigos veleiros.
Carlos Nejar
sexta-feira, junho 29, 2007
do sonho. Vejo-as tecerem a teia onde entro,
e me deixo apanhar pelas leis do verso. Como
se entre mim e elas não estivessem as flores,
com as suas pétalas seguras pelo fio
que se soltou da primavera. Às vezes, queria
deixar estas páginas, e entrar pela porta
da vida; mas sei que continua fechada,
atrás de mim, enquanto não chego ao fim
do livro. Como se o fim não fosse o princípio,
e tudo recomeçasse, na teia do poema.
quinta-feira, junho 21, 2007
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, junho 20, 2007
domingo, junho 17, 2007
Resigno-me às minhas faltas… à solidão que eu própria criei! A minha última oportunidade passou e eu não consegui chegar a tempo! A solidão é um misto de tristeza, raiva, ódio e muita angústia! Quando pisei esta praia, já não era a pessoa que um dia fui lá trás… e era isso que te queria mostrar! Mas não posso obrigar-te a confiares… fui eu que um dia, com a minha cobardia, decidi, matar a tua confiança! Exigir? Não! Não te quero impor nada… magoa?! Muito… Mea culpa!
No dia em que cá cheguei, que te vi ao longe… senti que quando gritei… um passo teu se prendeu na incerteza! Mas tu continuaste…
sexta-feira, junho 15, 2007
I have been here many times before
Hurt myself again today
And, the worst part is there's no-one else to blame
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me
Ouch I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found,
Yeah I think that I might break
I've lost myself again and I feel unsafe
quinta-feira, junho 14, 2007
quarta-feira, junho 13, 2007
chuva
hoje chove muito, muito,
e parece que estão lavando o mundo.
meu vizinho do lado contempla a chuva
e pensa em escrever uma carta de amor
uma carta à mulher que vive com ele
e cozinha para ele e lava a roupa para ele e faz amor com ele
e parece sua sombra
meu vizinho nunca diz palavras de amor à mulher
entra em casa pela janela e não pela porta
por uma porta se entra em muitos lugares
no trabalho, no quartel, no cárcere,
em todos os edifícios do mundo
mas não no mundo
nem numa mulher, nem na alma
quer dizer, nessa caixa ou nave ou chuva que chamamos assim
como hoje que chove muito
e me custa escrever a palavra amor
porque o amor é uma coisa e a palavra amor é outra coisa
e somente a alma sabe onde os dois se encontram
e quando e como
mas o que pode a alma explicar?
por isso meu vizinho tem tormentas na boca
palavras que naufragam
palavras que não sabem que há sol porque nascem e morrem na mesma noite em que amou
e deixam cartas no pensamento que ele nunca escreverá
como o silêncio que há entre duas rosas
ou como eu, que escrevo palavras para voltar
ao meu vizinho que contempla a chuva,
à chuva
ao meu coração desterrado.
sexta-feira, maio 25, 2007
quarta-feira, maio 23, 2007
segunda-feira, maio 21, 2007
sábado, maio 19, 2007
Pablo Neruda
Este poema é simplesmente Genial...
sexta-feira, maio 18, 2007
Talvez pudesse o tempo parar
Quando tudo em nós de precipita
Quando a vida nos desgarra os sentidos
E não espera, ai quem dera
Houvesse um canto pra se ficar
Longe da guerra feroz que nos domina
Se o amor fosse um lugar a salvo
Sem medos, sem fragilidade
Tão bom pudesse o tempo parar
E voltar-se a preencher o vazio
É tão duro aprender que na vida
Nada se repete, nada se promete
E é tudo tão fugaz e tão breve
Tão bom pudesse o tempo parar
E encharcar-me de azul e de longe
Acalmar a raiva aflita da vertigem
Sentir o teu braço e poder ficar
É tudo tão fugaz e tão breve
Como os reflexos da lua no rio
Tudo aquilo que se agarra já fugiu
É tudo tão fugaz e tão breve.
quinta-feira, maio 17, 2007
Minha canoa espera em águas onde
Deus preferiu pôr tons de caramelo
e agasalhar a praia que se esconde
em um lugar que não tem paralelo.
Esse rio com quem já tenho um elo
tem o tom das correntes cristalinas.
O sol derrama estrelas pequeninas
pelas folhas que cercam toda a mata
e por magia das forças divinas,
caem sobre mim, águas cor de prata.
quarta-feira, maio 16, 2007
dizer Adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o Amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra,
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
Escrevo
terça-feira, maio 15, 2007
segunda-feira, maio 14, 2007
And I can't hide beneath my sheets
I've read the words before so now I know
The time has come again for me
And I'm feelin' the same way all over again
Feelin' the same way all over again
Singin' the same lines all over again
No matter how much I pretend
Another day that I can't find my head
My feet don't look like they're my own
I'll try and find the floor below to stand
And I hope I reach it once again
And I'm feelin' the same way...
So many times I wonder where I've gone
and how I found my way back in
I look around awhile for something lost
maybe I'll find it in the end
And I'm feelin' the same way...